28 março 2010

Pomeranos costumes e crenças

São importantes no Brasil porque para aqui emigraram em grande número durante o século 19. A Pomerânia, de onde esse povo veio para o Brasil, está atualmente parte em território polonês e parte (bastante pequena) na atual Alemanha. Descendentes de uma mistura de germanos com eslavos oriundos de regiões antigamente ocupadas pelos celtas, os pomeranos habitavam uma província da forte Prússia do século XVIII.

A Pomerânia foi devastada pela Segunda Guerra Mundial. No final da guerra, uma pequena parte da Pomerânia ficou na Alemanha Oriental então controlada pela União Soviética e grande parte foi dada a Polônia. Os pomeranos foram expulsos de suas casas e propriedades e a maioria fugiu com apenas o que podia carregar. Muitos se refugiaram na Alemanha Ocidental e muitos também emigraram para os EUA, Brasil e Austrália.

No momento, a língua pomerana ocidental (existem mais de um tipo de língua pomerana) é falado apenas no Brasil, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Espírito Santo.
Casamento pomerano
Entre as diversas tradições dos antepassados, uma das que mais chamam atenção é o casamento pomerano, pois trata-se de um acontecimento social marcante que reúne o povo numa alegria de três dias de festa.

Um dos primeiros preparativos do casamento tradicional, os convites, não são usados no casamento pomerano: entre os descendentes de pomeranos nunca foi costume mandar convites impressos, o convite é feito em forma de versos. Como? Para fazer o convite, o “convidador” de casamento, que em pomerano é hochtijsbirer, geralmente o irmão caçula da noiva, convida, com três semanas de antecedência, servindo-se de meios de locomoção própria, antigamente cavalo ou bicicleta que foram substituídos, nos dias de hoje, pela motocicleta. O cuidado em ornamentar com flores e ramos verdes os meios de transportes dos noivos e de suas famílias ainda se mantém presente, assim como o cuidado com as vestes dos noivos e padrinhos, enfeitadas com fitas e ramos.

Na véspera do casamento é realizada, na casa dos pais da noiva, a cerimônia do “Quebra Louça”, uma garantia para felicidade do casal. A cerimônia religiosa segue os ritos da religião Luterana. Depois da cerimônia, todos dirigem-se para a casa dos pais da noiva, onde é realizada a festa.

As noivas de preto
Antigamente a noiva era arrumada por sua mãe e trajava vestido preto de cetim com uma faixa verde, igualmente de cetim, na altura da cintura, e uma coroa verde, tecida de murta, alecrim ou de cipreste, adornada com flores de laranjeira. No Espírito Santo este costume perdurou até 1940.

A explicação para o uso do vestido preto teve várias versões errôneas, quando ele simboliza morte social (separação da noiva de sua família, pois o casal mora nas terras dos pais do noivo, então quem se desloca de sua rede de parentesco é a mulher).
 
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